“Tercetos de L’Ariel
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Sob ícteas luzes à minha dei fito
Ao ciclo do cerdo do muro infinito
Há o dobro d’insano do signo o mito.
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Por mãe bela Cípria, aos eternos invoco
Da tia hei razão e esmeraldas no foco
Delas o tio cianoberbe deu loco.
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Em seus mares, no início, vaguei torta reta
‘Té padrinho frecheiro ilumiar-me co’a seta
Para após seis translados eu rever minha meta.
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E na água, parece, de novo me vejo,
À qual rio perfumado apresenta em gracejo
Sirene encantada que moteia este ensejo.
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Contrário à lenda que relata o Odisseu,
que da espécie os perigos em surdez conheceu,
o primeiro a falar, com a lira, fui eu:
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“Safiras marinhas que brilham em marfim,
por fogo cercadas em sedoso jardim,
Ouçam a meu rogo, e não doam assim!”
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Por ser primazia da marmeide só fáscia
Os jades globosos frouxaram em acurácia
e crer só haver isso é afronta e audácia.
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De iguais deiternos celebrou os presentes
Diferiu-me a sereia o abordá-los na mente
mas concorde e discordes bem travamos fluentes.
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Da nêreide, pois, tenho o charme no peito
e mais que o apontado, titubeio sem jeito…
Será que dos lobos assimilei o conceito?”
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André apud Blog do André
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